23/07/11

À Amy


Mas a esta Amy. Assim, bonita e natural. Bonita e pura. A que conheci quando quase ninguém conhecia ainda. A que me acompanhou em maus e bons momentos e se fez banda sonora de amores e desamores. A Amy talentosa, com soul e música nas veias, da voz poderosa que está agora, tal como antes, em repeat. A Amy que impressionou multidões pela irreverência, pelo génio singular, pela música desigual. Não a Amy que deixou que a droga levasse a melhor. Não a Amy que se fez menos forte do que a dependência. Não a Amy que parecia caminhar na direcção da morte todos os dias para não voltar. A Amy que me arrepiava, a Amy que me emocionava. A essa Amy, tudo. A esta Amy que não venceu um final previsível, que deixou um legado pequeno, mas valioso, que perdeu a batalha, o eterno descanso e a minha eterna adoração.

Agora o silêncio quando a música chega ao fim. O terrível, repreensível e destruidor silêncio da droga.

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