31/08/11


Se há coisa que detesto é não saber o que vestir quando tão depressa está sol como tão depressa está chuva.
Toda a gente devia poder escolher os colegas de trabalho tal como se escolhem os amigos. Queremos os verdadeiros, os leais, os justos e imparciais, os honestos, os companheiros, os dedicados, os que se preocupam, os que estão sempre lá e não os que têm interesse em passar-nos à frente ou pisar-nos com o pé.

Se há coisa em que raramente me engano é tirar a pinta às pessoas. E, neste caso em particular, não me enganei minimamente. Os homens, de si, já são burros que nem uma porta. Acham-se um máximo, têm sempre imensa piada, são dominadores, controlam tudo, são imprescindíveis... Pior só aqueles que se acham giros e bonzões (e na maior parte das vezes são só porcos, feios e maus) e adoram comentar as amigas no facebook e dizer que A ou B não os larga (blablabla pardais ao ninho). Parece que perto de uma mulher esta necessidade é ainda maior e quando falamos de um escritório só com duas, então não há quem os pare. Além de achar ridículos estes assuntos no local de trabalho, sobretudo quando partem de homens casados, não tenho a mínima paciência para estes tipos. Crio-lhes um ódio de estimação que tende a piorar com o tempo ao ponto de nem conseguir olhar para eles. É que eles, coitados, acham-se irresistíveis e eu, coitada, resisto à tentação de os mandar à merdinha.

30/08/11

Sempre acreditei mais no destino do que no acaso. Por isso, se continuo a receber e-mails da Ryanair sobre a Dinamarca e se, sem querer, vou ter às páginas do mestrado que quero fazer, alguma coisa alguém estará a querer dizer-me.

Ai, como eu adoro estas coisas

ou não. De repente a vida muda. De repente, num instante, surge um trabalho inesperado, conhecem-se pessoas novas, assumem-se responsabilidades, compra-se carro, os dias passam, o sol foge, o bronzeado vai-se, o blogue fica vazio, o tempo escasseia, um ex-namorado tenta qualquer coisa, as amigas juntam-se outra vez. Enfim, as coisas mudam quando menos se espera, quando a esperança já só era uma palavra, quando tudo parecia seguir numa só direcção. E é assim, de repente, num instante e sem contar, que a vida muda e, com ela, mudamos nós.