26/09/11

Eu acho-me um bocadinho workaholic

Este fim-de-semana não pensei noutra coisa senão em trabalho. Até sonhei. Começo a achar que a vida é para ser vivida e que mais do que suceder numa carreira profissional, interessa o que fazemos, o que comemos, os sítios aonde vamos, as pessoas que conhecemos, as férias que passamos, os amores que vamos tendo... Enfim. A vida não é só trabalho, mas há trabalhos que exigem uma vida. E às vezes acho que onde estou agora é assim: suga-me o tempo, a força, a energia.

Acho que ter dinheiro é importante. Mas também acho que é possível viver bem com pouco em vez de viver pouco com muito. O que se retira daí? O que retira um pai sem tempo para a família ou um filho sem tempo para os amigos? Tão pouco.

Eu sou das que trabalha muito. Das que não sai sem ter consciência tranquila de que o que podia ser feito ficou feito and then some. Das que é capaz de se desdobrar, de fazer mil trabalhos num só, mil tarefas, mil e-mails, mil telefonemas... Quando me colocam na perspectiva de delegar tarefas, entro em pânico. Como confiar que as coisas ficam bem feitas? Como não preferir ser eu a fazê-las? Acho que há pessoas que nascem para o trabalho e outras que nascem para trabalhar. Eu sou destas. Das duas.

Midnight in Paris

Paris é a cidade do amor. E, por momentos, bem no início, achei que estava a ver recantos de Porto e Lisboa, sítios onde também já fui feliz, lugares eternos de comoção inesquecível.
Mas Paris é luz, tradição e movimento. Correria, futuro e encontro. Se imaginar agora uma história de amor é até lá que vou voar para que nas ruas ou nas esplanadas bem ao pôr-do-sol se vislumbre um pedaço de emoção, um olhar, um abraço, um reencontro ou um amor impossível, uma fuga à realidade, um mistério, um sonho. Enfim, tanta coisa numa cidade só. Quero.

21/09/11

Borboletas no estômago

Uma das vantagens de começar a sentir algo por alguém são as borboletas no estômago. Passeiam-se por lá, voam, deixam-se ficar e com esta brincadeira tiram-me logo o apetite. Andei uma semana sem vontade de tomar o pequeno-almoço, aquela refeição que me faz sempre saltar da cama. Nem eu sei como conseguia ter forças. É nutricionalmente errado, eu sei, mas a certa altura já só pensava naqueles quilos que isto me podia ajudar a perder. Pena ter sido sol de pouca dura. Quando tudo voltou ao normal só me apeteceu comer um boi.

Brigada do Tupperware


Estive a ler há pouco a reportagem Notícias Magazine sobre a Brigada do Tupperware. Eu faço parte e com muito orgulho! Em todos os trabalhos que já tive habituei-me a levar o almoço. Controlo o que como e poupo dinheiro. Tão simples e tão melhor. Felizmente onde estou agora lancei a moda e já todos me acompanham com a vantagem do convívio e do estreitar das relações pessoais, já dizia a revista. E não tenho vergonha nenhuma. A ideia de que só leva almoço quem não tem dinheiro já e velha e ultrapassada. Agora quem leva almoço não só é inteligente como saudável. E mesmo que tivesse que o fazer sozinha... Dizia uma das entrevistadas que se gastar 5€ por dia tem uma despesa de 25€ por semana e, portanto, de 100€ por mês. No final do ano são 1200€ que pode usar para abater um empréstimo ou viajar. É de mestre!

13/09/11

Teoria do Caos


De como de repente uma frase tão boa pode ser simultaneamente tão má.

10/09/11

Fui a Copacabana


..e gostei. Mais desenvolvimentos depois de o lavar e o sol abrir a cor.

How it all begins



(to be continued)

08/09/11

Como eu chego a uma 5ª feira

Hoje, ao sair do trabalho, apeteceu-me ligar o rádio bem alto e andar, andar, andar até chegar a casa. Sem semáforos vermelhos, passadeiras ou rotundas. Só andar, andar, andar, eu e o meu acelerador.

A minha cabeça vai só numa direcção. Era nestas alturas que eu precisava de duas boas estaladas bem dadas a ver se acordo e desperto e deixo de ser assim. Se alguém já viu o Eternal Sunshine of the Spotless Mind, era mesmo uma coisa dessas que eu queria agora. Para esquecer os olhares, os toques de raspão, os sorrisos...

Apetece-me descer a avenida, ir até à praia, entrar mar adentro e ficar ali na água gelada para curar os pseudo-males do coração como se um mar eterno fosse capaz de me arrancar esta pequena coisa e a deixasse ali a boiar na imensidão.

07/09/11

Alguém me agarre sff


Porque eu acho-o mais giro a cada dia que passa. Logo eu que nunca fui destas merdas.

My terrible taste in men

Acho que é a primeira vez em dias (que parecem meses) que já estou na cama antes das 23h. Serve, então, este post para contar uma história. Hoje, porque hoje o trabalho o permite.

Ontem vi, de relance, o meu primeiro namorado (a sério). Era mais baixo do que eu, mais feio do que eu e deixou-me ao fim de duas semanas. Na altura nem eu sabia o que um beijo era, o que namorar era e o que gostar implicava, mas chorei baba e ranho e acreditei que dizer amo-te era o expoente e a demonstração máxima do amor aos 12 anos. Roubava o telemóvel à minha mãe para trocar mensagens com ele (naquele auge de tecnologia que havia na altura) e, descobri, assim, a treta que um gajo consegue mandar quando ainda nem chegou à puberdade. Ele dizia que gostava mais de mim quando estava em casa, não quando me via (?). Era daqueles que ficava a olhar para trás quando passava uma miúda por nós e ainda acrescentava carinhosamente que olhava porque ela era boa. Se mais nenhuma, pelo menos essa fraca experiência devia ter servido de prenúncio para perceber no que haveria de me meter mais tarde. Óbvio que agora isto não passa de uma história, daquelas de que acabamos por nos lembrar apenas quando vemos alguém que nos recorda aqueles tempos. Foi o caso.

Está, pelo menos, um bocadinho mais crescido e eu, como sempre, um bocadinho mais alta, mas continua mais baixo e mais feio. Uma coisa dá para perceber: ontem, de certeza, fui eu que o deixei a olhar para trás.



A sério a sério ainda está para chegar, que eu cá acredito que ele anda à minha procura e eu a tentar encontrá-lo.

Agora vou adormecer ao som disto. Tão bonito.

06/09/11

É que já são minhas


Comprar sandálias no final do verão (com saldos, claro) é basicamente o meu truque para começar as próximas férias com modelos fresquinhos, impecáveis e como novos e ainda conseguir aproveitar o melhor da estação e com desconto. Gosto tanto das que compro (porque comprar sandálias é como casar com elas, é preciso escolher bem) que me imagino a usá-las e a adorá-las para o resto da vida. Não duram para sempre, mas há que ver o lado bom: apaixono-me todos os verões.

05/09/11

Não vou já bradar aos céus porque podia ser bem pior


Chegar a uma loja e ver uma peça mesmo gira que grita pela nossa atenção é o mesmo que chegar a um escritório e ver, entre poucos, um gajo giro. É raro, é bom, sabe bem e os olhos vão lá ter. Não sei por que raio, mas tenho tendência a achar piada ao que não devo. A peças caras, sempre. Com namorada, nem tanto e eu não sou nada adepta de quem destrói relações alheias sem olhar a quem. Mas ele é giro e é simpático e desperta-me qualquer coisa difícil de controlar. Às tantas dou por mim sem saber o que estou a dizer ou a fazer quando ele está por perto. Parece que voltei à adolescência. Depois tremo e soltam-se cá dentro umas hormonas parvas que deviam era ficar quietinhas e enfim... Raramente alguém me desperta assim, sobretudo quando a convivência é diária e profissional, sobretudo porque o meu lado romântico pende mais para o impossível, para as viagens a Paris, para o amor eterno e tão cheio que não há corpo que aguente. E isto é só parvo, provavelmente fruto de uma espécie de solidão prolongada, que nem devia ter este nome porque eu não me sinto sozinha.
Se há coisa que gostava de ter era um daqueles trabalhos em que, mal se põe o pé fora do escritório, acabam as preocupações, os stresses, os e-mails a que é preciso responder, os telefonemas que precisamos de atender, a malta toda que não nos deixa em paz e os problemas. Tudo para trás das costas!

Ser prestável, responsável e carregar todo um peso em cima das costas, ainda que nos faça acreditar que somos um máximo como profissionais, muito provavelmente vai resultar mal e a saída já se prevê como uma só. Senão vejamos: habituar mal as crianças não dá bom resultado. Habituar mal quem nos chefia também não. Não sou paga para trabalhar de noite e, no entanto, deram-me uma consciência maior e mais forte do que eu que não me deixa adormecer sem ter garantia de que está tudo a funcionar em condições. Como eu gostava de ser um bocadinho mais baldas.

Pior! Talvez tivesse um emprego melhor e um ordenado maior se fosse!



Anyway, estou embeiçada por um anel da Lanidor. Acho que não resisto a ir buscá-lo.