22/07/11

Como eu sabia que este dia ía chegar


Todos os acessórios que comprei ao longo do tempo guardei religiosamente. Desde os primeiros brincos aos últimos colares, espalhado por aqui e por ali, eu tenho tudo. Tinha tudo. Mesmo os menos bonitos tinham uma história e os que não fossem usados eram reutilizados para criar acessórios novos. Imaginação e criatividade nunca me faltaram enquanto miúda (praise the Lord) e por este tipo de coisas sempre morri. Acho que o meu sonho era ter uma grande caixa de jóias e, enfim, com o tempo fui criando a minha. Às tantas tinha tanta coisa que já nem fechava. Há uns tempos deu-me para contar as pulseiras. Não chegava a 20, mas sabia lá eu que tinha tantas, a grande maioria já só servia mesmo para enfeitar.

Descobri uns brincos que um namorado me ofereceu aos 15?16? Já nem me lembrava que os tinha, mas era uma peça, guardava um momento e portanto merecia o seu espacinho. Encontrei também o primeiro anel (em condições) que o mesmo namorado me deu. Achei tão simbólico que ainda hoje o tenho e não me desfaço dele (o primeiro anel do primeiro namorado só me servia no dedo mindinho... do pé!) portanto este já era de valor. Anyway, sempre achei que ía guardar isto para o resto da vida e, que um dia, os meus netos iriam abrir a caixa como se de um tesouro se tratasse. Coisas são histórias e são momentos também, têm a importância que lhes quisermos dar. E em cada uma daquelas peças eu via uma data, uma pessoa, uma recordação e sobre cada uma daquelas peças eu conseguia vislumbrar na perfeição uma situação em que as tivesse usado.

Mas, enfim, não é isso que levamos desta vida e se calhar até já estava mesmo a precisar de uma grande make over, portanto peguei em tudo que adorava que já não precisava nem achava tão giro, etiquetei e decidi vender. Preços beem acessíveis (é impossível recuperar o dinheiro que gastei na totalidade) portanto no conjunto vou reaver 80€ se for tudo vendido. Pouco, mas ajuda, que isto há um plano para pôr em marcha.

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