26/09/11

Eu acho-me um bocadinho workaholic

Este fim-de-semana não pensei noutra coisa senão em trabalho. Até sonhei. Começo a achar que a vida é para ser vivida e que mais do que suceder numa carreira profissional, interessa o que fazemos, o que comemos, os sítios aonde vamos, as pessoas que conhecemos, as férias que passamos, os amores que vamos tendo... Enfim. A vida não é só trabalho, mas há trabalhos que exigem uma vida. E às vezes acho que onde estou agora é assim: suga-me o tempo, a força, a energia.

Acho que ter dinheiro é importante. Mas também acho que é possível viver bem com pouco em vez de viver pouco com muito. O que se retira daí? O que retira um pai sem tempo para a família ou um filho sem tempo para os amigos? Tão pouco.

Eu sou das que trabalha muito. Das que não sai sem ter consciência tranquila de que o que podia ser feito ficou feito and then some. Das que é capaz de se desdobrar, de fazer mil trabalhos num só, mil tarefas, mil e-mails, mil telefonemas... Quando me colocam na perspectiva de delegar tarefas, entro em pânico. Como confiar que as coisas ficam bem feitas? Como não preferir ser eu a fazê-las? Acho que há pessoas que nascem para o trabalho e outras que nascem para trabalhar. Eu sou destas. Das duas.

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