07/09/11

My terrible taste in men

Acho que é a primeira vez em dias (que parecem meses) que já estou na cama antes das 23h. Serve, então, este post para contar uma história. Hoje, porque hoje o trabalho o permite.

Ontem vi, de relance, o meu primeiro namorado (a sério). Era mais baixo do que eu, mais feio do que eu e deixou-me ao fim de duas semanas. Na altura nem eu sabia o que um beijo era, o que namorar era e o que gostar implicava, mas chorei baba e ranho e acreditei que dizer amo-te era o expoente e a demonstração máxima do amor aos 12 anos. Roubava o telemóvel à minha mãe para trocar mensagens com ele (naquele auge de tecnologia que havia na altura) e, descobri, assim, a treta que um gajo consegue mandar quando ainda nem chegou à puberdade. Ele dizia que gostava mais de mim quando estava em casa, não quando me via (?). Era daqueles que ficava a olhar para trás quando passava uma miúda por nós e ainda acrescentava carinhosamente que olhava porque ela era boa. Se mais nenhuma, pelo menos essa fraca experiência devia ter servido de prenúncio para perceber no que haveria de me meter mais tarde. Óbvio que agora isto não passa de uma história, daquelas de que acabamos por nos lembrar apenas quando vemos alguém que nos recorda aqueles tempos. Foi o caso.

Está, pelo menos, um bocadinho mais crescido e eu, como sempre, um bocadinho mais alta, mas continua mais baixo e mais feio. Uma coisa dá para perceber: ontem, de certeza, fui eu que o deixei a olhar para trás.



A sério a sério ainda está para chegar, que eu cá acredito que ele anda à minha procura e eu a tentar encontrá-lo.

Agora vou adormecer ao som disto. Tão bonito.

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