Sempre achei que escrever pouco é sinónimo de viver muito. Umas vezes fiz jus, outras nem tanto. Ultimamente, e neste período alargado em que me afastei destas rotinas blogosféricas, acho até que vivi demais. Uma história para depois.
Continuei a sentir, no entanto, a necessidade de cá vir, de escrever para quem quisesse ler ou cá passasse por engano, de destilar ideias, de desabafar às vezes, de partilhar. De ler os outros, conhecer histórias e opiniões.
E, por isso, decidi voltar. Manter-me ligada a este blog é deixar acesa a jornada que me levou a criá-lo.
Há uns meses decidi que a vida não passa por cá ficar. Li blogues de portugueses pelo mundo, li relatos de experiências, de viagens, pesquisei fervorosamente como fazer para estudar fora, fiz renascer a vontade que desde sempre me acompanhou e, aí, decidi.
A viagem, a começar, terá de ser em 2013, fruto de inscrições e mais pesquisas e candidaturas e exames e tempos de espera pelos resultados e, só depois, a verdadeira mudança. Decidi fazê-lo agora e ganhar margem de tempo, tanto para me ir despedindo aos poucos da vida de cá como para me habituar à ideia.
Quero fazer o registo disso, quer corra bem quer corra mal. E, até lá, é esperar pelo melhor porque toda uma vida se passa entretanto.
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