05/09/11

Não vou já bradar aos céus porque podia ser bem pior


Chegar a uma loja e ver uma peça mesmo gira que grita pela nossa atenção é o mesmo que chegar a um escritório e ver, entre poucos, um gajo giro. É raro, é bom, sabe bem e os olhos vão lá ter. Não sei por que raio, mas tenho tendência a achar piada ao que não devo. A peças caras, sempre. Com namorada, nem tanto e eu não sou nada adepta de quem destrói relações alheias sem olhar a quem. Mas ele é giro e é simpático e desperta-me qualquer coisa difícil de controlar. Às tantas dou por mim sem saber o que estou a dizer ou a fazer quando ele está por perto. Parece que voltei à adolescência. Depois tremo e soltam-se cá dentro umas hormonas parvas que deviam era ficar quietinhas e enfim... Raramente alguém me desperta assim, sobretudo quando a convivência é diária e profissional, sobretudo porque o meu lado romântico pende mais para o impossível, para as viagens a Paris, para o amor eterno e tão cheio que não há corpo que aguente. E isto é só parvo, provavelmente fruto de uma espécie de solidão prolongada, que nem devia ter este nome porque eu não me sinto sozinha.

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